Garimpamos sete cidades ao redor do mundo que possuem diferentes iniciativas para solucionar o problema dos carros poluentes
A poluição atmosférica é um grave problema do mundo moderno. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, ao todo são cerca de três milhões de mortes por ano devido à poluição do ar, grande parte emitida por carros à combustão.

Nas cidades brasileiras, segundo estudo da USP (Universidade de São Paulo), 90% da poluição provém de veículos motorizados, e isso deve causar aproximadamente 250 mil mortes nos próximos 15 anos no País, 25% delas somente em São Paulo.
Os números são assustadores. Por isso, cidades de diversos lugares do mundo travam batalhas diárias contra os carros poluentes. Algumas buscam redefinir políticas de mobilidade; outras procuram refazer o planejamento urbano e investir em meios alternativos de transporte. Mas todas têm o mesmo objetivo: diminuir a poluição e melhorar a vida, e a saúde, das pessoas.
Copenhague, Dinamarca

Copenhague é um dos lugares que mais investe em meios alternativos de transporte, principalmente na bicicleta. Como comparação, mais da metade da população utiliza a bike para trabalhar e realizar suas atividades diárias.
Por isso, a cidade está desenvolvendo uma rede de estradas para bicicletas, com mais de 500 km de extensão, que conectará os subúrbios até a capital. Até 2030, a Dinamarca irá banir a venda de carros a diesel e gasolina e, em 2035, a de automóveis híbridos.
Seul, Coreia do Sul

Como parte dos esforços nacionais para reduzir a poluição do ar, os automóveis e veículos comerciais a diesel operando nas mãos dos serviços públicos serão tirados de circulação até 2025, substituídos por equivalentes elétricos ou com célula de hidrogênio.
Bruxelas, Bélgica

Além de promover domingos sem carro, Bruxelas irá proibir a venda de carros a diesel até 2030 e a gasolina até 2035. Medida que será acompanhada do investimento em transporte público e na infraestrutura para recarga de carros elétricos.
Oslo, Noruega

A Noruega quer se tornar um país neutro em emissões de carbono até 2030. Além da capital Oslo contar com diversas áreas fechadas para o tráfego de carros, até 2025 o país europeu pretende proibir a venda de automóveis novos com motores a combustão
Madri, Espanha

Desde setembro de 2021, a região central de Madri tem áreas nas quais a livre circulação de automóveis só é permitida no caso de moradores ou de carros elétricos ou a hidrogênio. Modelos híbridos de não residentes podem circular na região por até duas horas, enquanto carros a combustão mais antigos podem apenar entrar na zona restrita para usar as áreas de estacionamento.
Hamburgo, Alemanha

Hamburgo está desenvolvendo uma “rede verde”. Ou seja, uma área sem carros poluentes na esperança de que mais pessoas andem a pé ou de bicicletas, ao invés de dirigir. O plano também inclui mais parques, playgrounds e campos de esportes e deve ser finalizado em 2035. Por fim, a cidade está construindo parques na autoestrada A7 para reconectar bairros e facilitar a caminhada.
Curitiba, Brasil

Muito antes de o mundo se preocupar com o aquecimento global, Curitiba já tinha sido planejada para reduzir as emissões de carbono. Como? Investindo em transporte público de qualidade. A implantação do Sistema de Transporte Coletivo começou no início dos anos 1970, e não parou de evoluir.
A cidade possui canaletas exclusivas para ônibus, tarifa integrada, estações-tubo que aceleram o embarque, já que permitem o pré-pagamento da tarifa, e linhas que chegam em 13 municípios da Região Metropolitana. Todos estes investimentos fizeram com que 45% da população da cidade use o transporte coletivo, em vez de carros particulares.