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Por que os carros estão tão caros?

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Alta do dólar, encarecimento das matérias-primas e crise dos semicondutores: entenda porque os carros estão tão caros

Para o consumidor, a pergunta que não sai da cabeça é por que os carros estão tão caros. no mercado automotivo brasileiro. Já é possível encontrar modelos compactos que subiram tanto de preço que podem custar mais de R$ 100.000 mesmo em suas versões intermediárias.

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Os motivos para a escalada de preços do segmento automotivo são vários, já que uma avalanche de mudanças aconteceu no mundo inteiro nos últimos anos. 

E os aumentos não ficam apenas no segmento de veículos zero-quilômetro, chegando também aos seminovos e usados. Mas quais os principais fatores que impactaram nos preços dos automóveis? Vamos listar alguns dos pontos cruciais a seguir.

Crise na cadeia de produção

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A chegada da pandemia impactou no aumento da procura por equipamentos médicos e também de computadores pessoais e equipamentos de infraestrutura tecnológica, que teve que ser reforçada para atender às novas demandas do home office.

Em comum, todos esses equipamentos precisam de chips. Componentes também conhecidos como semicondutores e que estão presentes em praticamente todos os itens tecnológicos que consumimos atualmente.

Como a oferta de chips também foi afetada pela pandemia, o impacto direto disso foi a necessidade de reduzir ou até paralisar a produção de automóveis. Esse desequilíbrio entre oferta e procura tradicionalmente “puxa” para cima os preços de determinado produto.

Além da falta de semicondutores, a pandemia fez subir ainda o custo de outras matérias-primas e até do transporte. Fatores que somados à desvalorização do real resultaram na alta no custo de produção. Que teve que ser repassada ao consumidor.

A culpa não é só da pandemia 

airbag deflagrado

Apesar do impacto da pandemia, outro fator que contribuiu para o encarecimento dos carros foi a própria evolução tecnológica dos automóveis.

Por conta das mudanças nas legislações de emissões e segurança, mesmo modelos populares de entrada exigem um número de chips e tecnologias que eram exclusivos de carros de luxo anos atrás. O Renault Kwid, por exemplo, sai de fábrica com controle eletrônico de estabilidade e airbags laterais.

De acordo com o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos), Luiz Carlos Moraes, em 2023 o mercado automotivo mundial finalmente deve voltar a viver uma estabilidade no abastecimento de semicondutores, ajudando assim a produção dos carros novos.

Mas outro fator que impacta nos preços aqui no Brasil são os impostos. “Para trazer o consumidor que tem interesse em comprar um carro zero novamente para o mercado, estamos lutando por uma reforma tributária mais moderna e parecida com países desenvolvidos. O imposto representa entre 40% e 50% do valor de um carro, porém a média entre os países desenvolvidos é de 20%. Atualmente, o imposto acaba tirando do consumidor a possibilidade de comprar um carro”, explica Moraes.

Usados e seminovos

Imagem de carros à venda

Com a produção em baixa, começou a faltar carro 0 km nas lojas. Alguns modelos ficaram disponíveis apenas após o interessado entrar em uma fila de espera.

Isso fez com que muita gente recorresse ao mercado de seminovos na hora de trocar de carro. O que impactou na valorização dos automóveis existente no mercado. Outro fator que empurrou muita gente aos usados foi a própria valorização dos carros 0km.

Com muita gente atrás de um carro e um mercado não preparado para atender, acaba que os produtos a venda valorizam. Para se ter uma ideia, em 2019, um carro usado passava em média dois meses na loja entre a sua compra e revenda. Hoje, esse período caiu para aproximadamente 30 dias.

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