Corolla ou Civic? Com quase três décadas lutando pelo coração do consumidor brasileiro, veja os destaques de cada modelo nessa disputa.
Honda e Toyota são os principais fabricantes japoneses de automóveis, compartilhando a história comum de um início tímido até se tornarem gigantes mundiais, que hoje levam a disputa para bem longe do país asiático.
Presentes no Brasil desde o início dos anos 1990, Honda Civic e o Toyota Corolla são atualmente os únicos modelos das duas marcas que disputam diretamente a mesma faixa de mercado no país.
Com 30.455 emplacamentos no acumulado do ano até setembro, o Corolla leva a melhor em vendas em relação ao Civic, que no mesmo período teve 14.007 unidades comercializadas no mercado automotivo brasileiro.
Mas como os números sozinhos não dizem muito, vamos conhecer um pouco da história e particularidades de cada modelo. Como será que cada um se sai neste duelo?
Trajetória no Brasil

O Toyota Corolla chegou no Brasil em 1992, em sua 7ª geração. Inicialmente importado, se tornou nacional em 1998. Foi quando a marca japonesa iniciou a produção do carro de 8ª geração na fábrica de Indaiatuba (SP).
O Honda Civic também chegou por aqui em 1992, na 5ª geração. Virou brasileiro em 1997, quando a Honda começou a produzir o modelo de 6ª geração na fábrica de Sumaré (SP).

Desde o início, o Corolla marcou posição como um modelo de visual conservador. O primeiro nacional herdava o visual do carro japonês, com linhas bem mais comportadas que no polêmico europeu de 7ª geração, que era importado para o Brasil e representou um dos poucos pontos baixos da carreira do modelo por aqui.
Já o Honda tinha linhas mais agressivas, mas sem serem polêmicas. Alternando gerações mais ousadas com outras mais contidas, acabou agradando a um público que valoriza uma pegada menos conservadora em design e dinâmica.
Versões e equipamentos

O Toyota Corolla parte de R$ 132.890 e é oferecido em quatro versões com o motor 2.0 flex (GLi, XEI, Altis Premium e GR-S) e duas (Altis Hybrid e Altis Hybrid Premium) com o conjunto motriz híbrido composto por dois motores elétrico e um 1.8 flex. Confira abaixo os preços de cada versão:
GLi 2.0: R$ 132.890
XEi 2.0: R$ 142.190
Altis Premium 2.0: R$ 166.190
Altis Hybrid: R$ 166.190
GR-S 2.0: R$ 167.390
Altis Hybrid Premium: R$ 174.990
O Corolla sai de fábrica desde a versão básica com sistema multimídia, câmera de ré, airbags laterais, de cortina e para o joelho do motorista, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, faróis com acendimento automático.
Já o Honda Civic parte de R$ 116.700 e conta com cinco versões, sendo quatro equipadas com o motor 2.0 aspirado flex (LX, Sport, EX e EXL) e uma com o 1.5 turbo (Touring). Confira abaixo as versões e preços do modelo.
LX: R$ 116.700
Sport: R$ 123.700
EX: R$ 128.400
EXL: R$ 134.900
Touring: R$ 159.000
Com esse posicionamento, apenas duas versões do Civic (EXL e Touring) brigam na mesma faixa de preços do Corolla. Mas o sedã da Honda traz um pacote de equipamentos equivalente ao do concorrente em sua versão de entrada
O Civic LX traz ar-condicionado com ajuste automático de temperatura (manual no Corolla GLi), sistema multimídia com tela de 7″, câmera de ré, seis airbags, faróis com acendimento automático, controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas e controlador automático de velocidade de cruzeiro.
Por outro lado, mesmo nas versões mais caras o sedã da Honda fica devendo itens como o controlador adaptativo de velocidade de cruzeiro e frenagem autônoma. Itens presentes nas configurações Altis e GR-S do modelo da Toyota.
Dimensões e motorização

Os dois modelos tem dimensões muito semelhantes. O Corolla tem 4,630 m de comprimento, 1,780 m de largura, 1,455 m de altura e entre-eixos de 2,700 m. O porta-malas tem capacidade de 470 litros.
Já o Civic tem os mesmos 2,700 m de entre-eixos, mas é ligeiramente mais comprido (4,641 m), largo (1,799 m) e baixo (1,433 m). O porta-malas tem capacidade de 525 litros.

Em termos de motorização, o Corolla traz como opção mais acessível um 2.0 aspirado de 177 cv, que é combinado a um câmbio automático do tipo CVT. Com este conjunto, o Toyota obtém médias de consumo com gasolina de 11,6 km/l (cidade) e 13,9 (estrada).
A motorização híbrida é composta por um 1.8 flex de 101 cv e dois motores elétricos que desenvolvem 72 cv. Equipado com uma transmissão CVT, se destaca pelo baixo consumo de combustível. Com gasolina, as médias são de 16,3 km/l (cidade) e 14,5 km/l (estrada).
O Honda Civic traz em duas versões de entrada um 2.0 flex de 150 cv, também combinado a um câmbio automático CVT. As médias de consumo com gasolina são de 10,5 km/l (cidade) e 13 km/l (estrada).
No topo de linha Civic Touring, o propulsor é o 1.5 turbo a gasolina de 173 cv. Também combinado a um câmbio CVT, permite rodar até 11,8 km/h (cidade) e 14,4 km/l (estrada).
Quem leva a melhor?

Apesar de muitos aspectos serem positivos para o Honda Civic, o Toyota Corolla apresenta um custo-benefício mais interessante.
As versões híbridas do Toyota Corolla são imbatíveis se o consumo de combustível é um fator diferencial para definir a sua compra. Já as configurações com o motor 2.0 se destacam pelo bom desempenho e pelo pacote de assistentes tecnológicos.
Por outro lado, o visual mais ousado do Civic, que não parece cansado mesmo com a chegada de uma nova geração no mercado internacional, combinado à posição de dirigir mais baixa, são diferenciais para quem gosta de uma pegada mais esportiva.
Enquanto o Corolla segue firme e forte no mercado brasileiro, o futuro do Honda Civic é incerto. O modelo deve ceder espaço na linha de montagem da fábrica de Itirapina (SP) para a nova geração do City, que chega mais sofisticado e tecnológico. A esperança dos fãs é que o modelo médio siga presente no Brasil como importado.