Tecnologia usada em motores modernos, saiba como funciona e os cuidados necessários para prolongar a vida útil dos motores com injeção direta de combustível
Antes exclusiva dos carros de luxo, a injeção direta de combustível já é uma realidade entre os automóveis compactos produzidos no Brasil.

O primeiro carro brasileiro 1.0 com a tecnologia foi o Volkswagen Up! TSI, de 2015. Desde então, o sistema de alimentação de combustível é usado atualmente em modelos turbo como o Hyundai HB20 Turbo e o Volkswagen Polo TSI, além dos SUVs Hyundai Creta 1.0, Fiat Pulse e os Volkswagen T-Cross e Nivus, além dos aspirados Honda City e Toyota Corolla Flex.
Mas qual é a diferença desse sistema em relação à injeção convencional de combustível? Confira a seguir as principais características da injeção direta.
Características e origens

O primeiros motor automotivo com injeção direta de combustível foi criado em 1925 pelo sueco Jonas Hesselman. Mas foram os alemães que contribuíram para a popularização da tecnologia nos anos 1930, aplicando o sistema aos propulsores diesel e também naqueles usados por aviões.
O primeiro carro de produção com motor de quatro tempos a gasolina a contar com o sistema foi o esportivo Mercedes-Benz 300SL “Asa-de-Gaivota”, de 1954. Mas a tecnologia se popularizou apenas a partir dos anos 1990.
Diferente da injeção normal, onde a injeção acontece no coletor de admissao, na injeção direta ela acontece diretamente no cilindro, permitindo assim uma queima mais eficiente da mistura ar combustível. O resultado é um ganho em termos de consumo e desempenho na comparação com propulsores com injeção indireta com a mesma cilindrada.
Um exemplo desse ganho de rendimento é o Honda City de geração mais recente. Equipado com um motor 1.5 aspirado com injeção direta e 126 cv, registra média de consumo urbano com gasolina de 13,1 km/l. Enquanto isso, o seu antecessor, menor e mais leve e equipado com um propulsor 1.5 multiponto de 116 cv, roda até 11 km/l com gasolina.
Vantagens e desvantagens

Por outro lado, os motores com injeção direta de combustível tem desvantagens em relação aos propulsores com injeção convencional. Uma delas é o custo de manutenção mais elevado.
Por se tratar de um sistema que trabalha com alta pressão de combustível, exige que os componentes, como bombas, tubulações e filtros sejam mais robustos (e caros). Isso sem falar na exigência de equipamentos corretos e de pessoal treinado adequadamente para a realização de um serviço de manutenção.
Esses motores são ainda mais sensíveis à variação da qualidade de combustível do que aqueles com uma injeção eletrônica convencional. Para os que querem extrair o melhor desempenho desses motores, a indicação é o uso de gasolina premium.