Investir em um novo Honda City ou garimpar um Civic seminovo? Veja o comparativo dos principais pontos de cada modelo e faça a sua escolha
O fim da produção do Honda Civic no Brasil certamente deixou muitos clientes da marca japonesa orfãos. O fabricante destaca que irá importar a nova geração do médio, embora provavelmente em um patamar de preço superior ao do antecessor.

Ao mesmo tempo, a própria Honda acredita que os atributos da nova geração do City Sedan qualificam o modelo para brigar com as versões mais acessíveis dos sedãs médios.
Afinal, o que será que vale mais a pena? Apostar as suas fichas em um City novo ou mergulhar no mercado de seminovos para buscar um Civic quase 0 km e muitas vezes ainda com garantia de fábrica?
Confira a seguir os principais atributos de cada modelo e veja qual deles se encaixam melhor nos seus atributos para a escolha de um bom carro.
Preços

O novo Honda City Sedan (confira o teste aqui) está disponível no mercado automotivo brasileiro em três versões: EX, EXL e Touring (o carro das fotos), que partem respectivamente de R$ 106.300, R$ 112.500 e R$ 120.800.

Todas elas são equipadas com o mesmo motor 1.5 aspirado e com injeção direta de combustível, que desenvolve 126 cv de potência (gasolina/etanol) e até 15,8 kgfm de torque a 4.600 rpm (etanol). Já o câmbio automático é CVT.

É a mesma faixa de preços das unidades seminovas do Civic de 10ª geração, que chegou ao Brasil em 2016 já como linha 2017.
Neste comparativo, vamos focar na versão Sport CVT. De apelo esportivo e uma das mais acessíveis da linha, saía de fábrica com o motor 2.0 flex de 155 cv e câmbio CVT.

Na mesma faixa de preços da City EX, é possível encontrar um Civic Sport CVT 2017, como o carro das fotos. Já pelo preço do topo de linha City Touring você leva um Sport CVT 2020 (com boa probabilidade de ainda ter a garantia de fábrica).
Dimensões e interior

Em linhas gerais, o City tem um ótimo espaço interno para um modelo compacto, com destaque também para a capacidade do bagageiro.
Resultado da carroceria que cresceu bastante em relação ao antecessor, embora sem invadir a faixa dos modelos médios: São 4,549 m de comprimento, 1,748 m de largura, 1,477 m de altura e entre-eixos de 2,600 m. Já o porta-malas leva até 519 litros.

Em termos de acabamento, o City não se descola muito do que se espera de um modelo compacto. O visual agrada, mas o Honda abusa dos plásticos rígidos. Algo que não acontecia no seu antecessor.

Já o Civic tem 4,641 m de comprimento, 1,799 m de largura, 1,433 m de altura e entre-eixos de 2,700 m. O porta-malas leva até 525 litros.
Diferença que é claramente sentida no interior da cabine, que transmite uma sensação de mais amplitude com o espaço maior para os ombros e pernas.

Mesmo se tratando de um carro de entrada da linha, o Civic Sport se destaca pelo pelo visual interno ainda atual e pelo bom acabamento, com boa variação de cores e de materiais premium.
Equipamentos

Um grande destaque do City é o fato de o modelo ser o primeiro nacional da Honda equipado com o pacote tecnológico Sensing. Oferecido há alguns anos no exterior, mas que até então não havia marcado presença em um carro brasileiro da marca.
Exclusividade da versão de topo Touring, conta com controlador adaptativo de velocidade de cruzeiro, frenagem autônoma, farol alto automático e monitor e assistente de manutenção em faixa.

Item que vem acompanhado do LaneWatch, o monitor de pontos cegos por câmera da Honda, até então oferecido apenas no Civic Touring na linha nacional.
Outro ponto de destaque, principalmente na comparação com os Civic “10” mais antigos, é o sistema multimídia com tela de 8″. Apesar da interface não ser o seu ponto forte, permite a conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.

O Civic Sport só foi incorporar uma multimídia na linha 2020. Até então, saía de fábrica com um rádio simples, apenas com conexão bluetooth.
Em todo o restante, ambos os modelos oferecem para os ocupantes uma lista bem semelhante de equipamentos de conforto: ar-condicionado automático digital, seis airbags, isofix e controles de tração e estabilidade.
Ao volante

Em termos de acerto, o City segue o padrão tradicional da marca e agrada por priorizar o prazer ao guiar, com a direção leve e precisa e o conjunto de suspensão com o um acerto bem equilibrado entre conforto e estabilidade.
O novo motor 1.5 é um ponto de destaque no City. Aspirado, mas com injeção direta, agrada pelo bom desempenho mesmo em baixas rotações e também ótimo casamento com o câmbio automático CVT, de funcionamento suave e mais esperto do que na geração passada.
Não chega a ser esportivo, mas agrada bastante dentro da proposta de um modelo compacto mesmo rodando com o modo ECON acionado, que modifica o acerto para priorizar o baixo consumo. O resultado são médias de consumo com gasolina de 13,1 km/h (cidade) e 15,2 km/h (estrada), segundo os dados oficiais da Honda.

Apesar da versão empolgante do Civic ser a Touring, com o 1.5 turbo de 173 cv, o motor 2.0 de 155 cv da versão Sport (e que equipa também as configurações LX, EX e EXL) também não faz feio no uso diário. O consumo de combustível também é bem adequado para a sua categoria: 10,5 km/l (cidade) e 13 km/l (estrada).
O desempenho não é de esportivo, mas ainda coloca o sedã médio um patamar acima do City. Principalmente no uso rodoviário. A posição de dirigir é um dos pontos altos do modelo, sendo mais baixa do que aquela encontrada no compacto.
Algo que casa muito bem com o comportamento dinâmico do carro, um dos melhores entre os médios, que é marcado pelo ótimo desempenho em curvas e pela direção direta e com bom peso.
Conclusão
O novo Honda City traz um visual bastante atual, por dentro e por fora, e mesmo em suas versões mais básicas se destaca pelo bom pacote de equipamentos de segurança e conforto.
Em termos tecnológicos, se destaca ainda – nesta versão de topo Touring – pelo pacote Sensing, pelo Lane Watch e pela multimídia com conectividade sem fio.
Trata-se de um carro confortável e com bom desempenho e baixo consumo de combustível. Mas não deixa de ser um modelo compacto.
O Civic oferece mais espaço, desempenho, acabamento mais caprichado, melhor comportamento ao volante e um bom pacote de sistemas de segurança.
Mas para isso é preciso abrir mão de algumas tecnologias mais recentes. Se você estiver disposto a fazer essa troca, o sedã médio é um modelo que você deve considerar.
Fichas técnicas
Honda City Sedan Touring
Motor | quatro cilindros em linha, 1.5, 16 válvulas, injeção direta com comando variável I-VTEC e VTC |
Cilindrada | 1.497 cm3 |
Combustível | flex |
Potência | 126 cv a 6.200 rpm (gasolina/etanol) |
Torque | 15,8 kgfm (etanol) / 15,4 kgfm (gasolina) a 4.600 rpm |
Câmbio | CVT de sete marchas simuladas |
Direção | eletroassistida |
Suspensões | McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira) |
Freios | discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira) |
Tração | dianteira |
Dimensões | 4.549 mm (comprimento), 1.748 mm (largura), 1.477 mm (altura) |
Entre-eixos | 2.600 mm |
Pneus | 185/55 R16 |
Porta-malas | 519 litros |
Tanque | 44 litros |
0-100 km/h | 10,1s |
Vel. máxima | não informada |
Consumo cidade (Inmetro) | 13,1 km/l (gasolina) e 9,2 km/l (etanol) |
Consumo estrada (Inmetro) | 15,2 km/l (gasolina) e 10,5 km/l (etanol) |
Honda Civic Sport CVT
Motor | quatro cilindros em linha, 2.0, 16 válvulas, injeção multiponto com comando variável |
Cilindrada | 1.997 cm3 |
Combustível | flex |
Potência | 150/155 cv a 6.300 rpm (gasolina/etanol) |
Torque | 19,5 kgfm (etanol) / 19,3 kgfm (gasolina) a 4.800 rpm |
Câmbio | CVT de sete marchas simuladas |
Direção | eletroassistida |
Suspensões | McPherson (dianteira) e multibraço (traseira) |
Freios | discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira) |
Tração | dianteira |
Dimensões | 4.641 mm (comprimento), 1.799 mm (largura), 1.433 mm (altura) |
Entre-eixos | 2.700 mm |
Pneus | 215/50 R17 |
Porta-malas | 525 litros |
Tanque | 56 litros |
0-100 km/h | 10,9s |
Vel. máxima | não informada |
Consumo cidade (Inmetro) | 10,5 km/l (gasolina) e 7,2 km/l (etanol) |
Consumo estrada (Inmetro) | 13 km/l (gasolina) e 8,9 km/l (etanol) |
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Eu estou exatamente nessa duvida, a tecnologia do city acompanhando de um otimo consumo me faz querer ele, mas o civic eh o civic, lindo e muito top entao eh dificil dizer qual escolher